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sábado, 20 de junho de 2015

Morte: A Necessidade de Mudança de Contexto

Estamos cansados de ouvir que temos que nos tornar pessoas melhores. Todos dizem isso em todos os lugares. No entanto, ninguém efetivamente nos ensina a fazê-lo. São muitas as pessoas que gostariam realmente de se aperfeiçoarem espiritualmente e erradicar seus erros de conduta, mas, infelizmente, ninguém nos dá um meio efetivo para tal realização. Os V.M.s nos explicaram muito bem a respeito do caminho e, no entanto, ainda assim é como se suas explicações não nos alcançassem, não nos chegassem. Espero que as linhas que seguem possam ajudar pelo menos um pouco.

Um dos erros que comumente cometemos na Morte do Ego é permitirmos que um problema cresça para depois corrermos atrás dos seus prejuízos. Isso faz com que corramos em círculos, caindo e nos levantando infinitamente.  

Pelo comum, os aspirantes se debatem contra os desejos que os atormentam e não atentam para os contextos que os favorecem e reforçam, os quais deveriam ser removidos de suas vidas.

Tentar libertar-se de um vício sem abandonar o contexto que o favorece é o mesmo que entrar em uma sauna e não querer aquecer-se. Quem quer mudar de vida, deve obrigatoriamente abandonar os contextos que ocasionam a vida infeliz.

Um viciado em drogas não se libertará do vício enquanto não mudar de cidade e não romper com as antigas amizades, pois esse contexto favorável à reincidência constantemente o arrastará de volta ao mesmo ato compulsivo. O boêmio viciado em prostitutas não será capaz de se libertar enquanto não deixar de entrar nos prostíbulos e seguir outros caminhos. O bêbado não se libertará do álcool enquanto continuar a frequentar bares, banquetes e festins. Antecipar-se ao defeito e desviar os nossos passos do caminho errôneo é um pré-requisito para libertarmos a alma.

A remoção dos contextos que conduzem ao erro vem ANTES e não depois da Morte do Ego. É um pré-requisito, uma condição que a ANTECEDE e não algo que a sucede, como muita gente erroneamente acredita. Muitas pessoas sinceras esperam equivocadamente que os contextos sejam removidos depois ou durante o processo da Morte e este é, segundo o meu ponto de vista, um equívoco entre os tantos nos quais podemos cair nesse trabalho.