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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Criamos os mundos em que vivemos

Toda pessoa vive aprisionada em um mundo que ela mesma criou com seus pensamentos. Este mundo é forjado pela mente, sendo composto pelas concepções, pontos de vista, idiossincrassias e ideologias pessoais. O mundo assim criado se torna um verdadeiro universo, que a segue em vigília e durante o sono. As imagens terão um colorido especial, dados pela frequência dos pensamentos em que a pessoa vive. Quem dissolve o Ego, altera radicalmente este mundo pessoal.

Uma pessoa que odeia forja para si um inferno que a perseguirá onde quer que vá. Enquanto odiar, o inferno do ódio a estará acompanhando e dará às percepções um colorido especial.

O psiquismo humano cria um mundo perceptual circundante, composto pelas emoções e pensamentos correspondentes. Bom e mau, agradável e desagradável, são criações do psiquismo, existem internamente. Dissolver o Ego equivale e alterar o mundo psíquico circundante e acompanhante.

De acordo com nosso estado emocional, podemos viver no céu ou no inferno. As emoções negativas e inferiores nos aprisionam em um inferno sem limites, enquanto as emoções superiores nos permitem viver no paraíso. As vibrações psíquicas nos vinculam a regiões do universo correspondentes. Vibrações inferiores nos vinculam às infra-dimensões, vibrações superiores nos vinculam às dimensões superiores. O homem decide se irá para o inferno ou para o céu. Existem diversos céus, com distintos graus de felicidade, e existem muitos infernos, com variáveis graus de tormento.

É recomendável nos libertarmos ao máximo dos infernos e conquistarmos os céus ainda em vida, antes da desencarnação. Então prosseguiremos em tal estado depois da morte do corpo físico.

Falando particularmente da luxúria, o mesmo princípio vale: a luxúria é algo totalmente mental, interior. O estado luxurioso é um estado de consciência adormecida, alterada e condicionada. O luxurioso vive em uma espécie de paraíso diabólico sensual e erótico, no qual o prazer sexual suplanta todas as percepções e confere um único sentido à vida. O mundo erótico que o luxurioso forja para si não existe, é irreal, mas ele ainda assim o saboreia como se existisse, pois está iludido por suas próprias percepções fantasiosas. Não compreende, o infeliz luxurioso, que o paraíso que criou para si não existe, que é mera ilusão. Somente a compreensão pode dissolver a fantasia da luxúria. Quem quer se libertar do inferno da fornicação e seus defeitos correlacionados, tem que compreender o aspecto ilusório das percepções luxuriosas.

Dissolver a luxúria não é combater a sexualidade física propriamente dita, mas sim os aspectos internos equivocados da sexualidade: as formas mentais, formas de pensamento, formas equivocadas de entender e de enxergar o sexo, percepções enviesadas e subjetivas do corpo e do prazer sexual. Precisamente aí, na concepção de sexo, está o problema e a tal concepção é algo mental, encontra-se na mente. Portanto, dissolver a luxúria é alterar radicalmente um estado psíquico.

De nada adianta tentar acorrentar as ações se os elementos geradores das ações (as emoções e os pensamentos) as estão fomentando a todo instante.

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