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segunda-feira, 1 de março de 2010

O vicio da masturbação - algumas considerações

Apesar de ouvirmos por todas as partes que a masturbação é algo muito bom e saudável, nos atrevemos aqui a enfatizar a idéia contrária: a de que esta prática é um vício e nos prejudica física e espiritualmente. Sendo assim, é bom descobrir os meios de libertar alguém deste vício, tão elogiado pelos sexólogos. 

O ato da masturbação fortalece a luxúria de um modo geral e não somente os "eus" específicos de masturbação, embora estes últimos também sejam reforçados. O masturbador é alguém que se condicionou a excitar-se com imagens mentais eróticas. O conteúdo de suas fantasias varia imensamente e abrange a forma geral e ampla de sua luxúria. Por meio do ato masturbatório, o masturbador satisfaz seus desejos sexuais mais intensos, lhes dá vazão. Importa, portanto, àquele que quer libertar-se, observar o conteúdo de tais fantasias para conhecê-las.

A prática da Morte em Marcha deve operar-se muito antes da obsessão. As pequenas reações que impelem ao ato devem ser eliminadas o quanto antes. Tais reações provém dos íncubus/súcubus que obsessionam a mente do masturbador e vampirizam suas energias. Toda recordação, por menor que seja, deve ser retirada, pois a castidade se consegue por meio do esquecimento total. É por meio do pensar que se atrai elementos psíquicos funestos.

Uma vez que a pessoa esteja há vários dias sem cair novamente nesta prática, sentirá a força no órgão sexual impelindo-o à ejaculação. Deve, então, intensificar mais ainda a morte ou retornará ao ponto de partida. Para pular a oitava, isto é, dar um passo verdadeiro, é preciso ultrapassar as fases em que somos atraídos de volta. Entretanto, se a pessoa cair, não deve ficar preocupada e nem lamentar-se, pois todo crescimento espiritual é tortuoso. Dá-se vários passos para frente e em seguida alguns para trás. Os passos para trás são resultado natural dos ensaios e não são perdas totais: fica a experiência, a qual facilitará o avanço posterior.

O momento em que a pessoa cai nesta prática são os momentos em que a vigilância é esquecida: pode ser à noite, antes de dormir, de manhã, logo ao acordar, durante o banho etc.

Sabemos que não devemos reprimir os desejos, mas tampouco devemos satisfazê-los. É útil remover bloqueios emocionais e admitir tudo com a máxima sinceridade, para que a observação seja perfeita. Entretanto, quanto mais alguém satisfazer um defeito, tanto mais escravo do mesmo será. Deter-se "curtindo" (saboreando) um desejo ou suas imagens mentais, sob o pretexto de observar-se, é cair em um erro grave, que resulta em estancamento e até em retrocesso espiritual. O masturbador comete este erro, já que se compraz em contemplar imagens eróticas, seja na tela de sua mente, seja na tela de uma televisão ou nas folhas de uma revista. Aquele que quer libertar-se deste vício, deve retirar todos os canais que o alimentam.

Muitas vezes, o desejo do masturbador não é exatamente masturbar-se e sim satisfazer fantasias eróticas que gostaria de realizar concretamente mas não o consegue. O masturbador fantasia relações e práticas com mulheres que deseja ardentemente e lhe são inacessíveis. A masturbação é a realização virtual das metas sexuais inatingíveis e, portanto, dos desejos sexuais mais reprimidos e insatisfeitos. Sem afrontá-los, não é possível libertar-se.

Por trás do ato de masturbar-se, estão as fantasias eróticas específicas, as quais desempenham um papel preponderante no vício e sobre as mesmas é que importa operar. Os viciados que queiram libertar-se, necessitam enfraquecer e abandonar suas fantasias sexuais. Quem cultiva fantasias sexuais, jamais se libertará do vício masturbatório. Quando as fantasias sexuais deixam deixam de ser alimentadas e perdem força, o vício também se enfraquece. O caminho para se libertar desse vício tão nefasto é, portanto, deixar de alimentar as fantasias eróticas, fazendo com que elas enfraqueçam até desaparecerem. 

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